Vários estudos já mostraram que a genética não é o principal fator para ter câncer.
De fato, infelizmente, algumas pessoas já nascem com mutações que colocam elas com risco maior de desenvolverem câncer, mas isso não representa a maioria dos casos.
A maioria dos casos de câncer são devidos a um fator: o estilo de vida.
Esse estilo de vida está incluso coisas que talvez você nem perceba, como, por exemplo: álcool, cigarro, a idade que você menstruou, se você teve filhos, se você usa anticoncepcional, se você se alimenta ou dorme bem, se você faz exercícios físicos e diversos outros fatores.
Esse estilo de vida pode alterar a epigenética, que basicamente é como nossos genes serão expressos, diferente de uma mutação que altera nossos genes.
Agora, um estudo da Nature reforçou esse mecanismo de não mutação relacionado ao câncer.
O estudo avaliou o papel da epigenética na tumorigênese, com foco na possibilidade de iniciar o câncer por mecanismos não genéticos.
Os autores utilizam moscas-da-fruta (Drosophila) para demonstrar que uma interrupção temporária de um processo celular específico (função da proteína do grupo Polycomb) pode alterar permanentemente a expressão gênica e desencadear o desenvolvimento de células cancerosas, mesmo na ausência de mutações em genes normalmente associados ao câncer.
Isso sugere que alterações epigenéticas podem ser suficientes para causar câncer, sem a necessidade de mudanças na sequência do DNA em si.
As descobertas destacam a complexa interação entre genética e epigenética no desenvolvimento do câncer e apoiam a ideia de que modificações epigenéticas podem ser pontos de partida para a formação de tumores.
O estudo foi feito com moscas, mas vários estudos já provaram como o nosso estilo de vida pode alterar drasticamente a nossa epigenética.
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