Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) revelou que o selênio, um mineral crucial para o cérebro e o sistema nervoso central, pode ajudar a melhorar a função cognitiva em idosos com comprometimento cognitivo leve.
A ingestão de apenas uma unidade de um alimento rico em selênio foi suficiente para repor a deficiência do nutriente e levar a benefícios como melhor fluência verbal e práxis construtiva, que envolve habilidades como execução motora, atenção,linguagem e matemática.
De acordo com o neurologista Edson Issamu, a falta de selênio está associada ao declínio cognitivo, à redução da fluência verbal e a alterações de humor.
O mineral participa da produção da enzima glutationa peroxidase, que atua como um poderoso antioxidante combatendo os radicais livres, moléculas que causam danos aos neurônios.
A redução dos radicais livres diminui o risco de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.
“Estudos demonstram o papel crucial dos radicais livres e da inflamação na morte de neurônios e no desenvolvimento do Alzheimer”, explica a nutricionista Bárbara Rita Cardoso, da Universidade Monash, na Austrália, que pesquisa o tema e participou do estudo da USP.
“As ações antioxidante e anti-inflamatória do selênio se configuram como mecanismos de proteção importantes nesse caso.”
Além de beneficiar o cérebro, o selênio também fortalece o sistema imunológico, preserva ossos e articulações e é essencial para a tireoide.
“O nutriente participa da produção de enzimas e hormônios da glândula”, ressalta a nutricionista Vanderlí Machiori. Para obter os benefícios do selênio, basta incluir em sua dieta alimentos como castanha-do-pará, grão de bico, semente de girassol, atum e cogumelos.
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